domingo, 13 de junho de 2010

AMOR FACTRAL

O universo definha em suas bordas
As rebarbas distraem poetas e sábios
Sem saber, o andarilho confere suas cordas
Sem saber, observa-se o desenho dos lábios.

Estrelas silenciam-se na distância
a viola esquece suas notas
feitos, tratos, ímpeto, ânsia
no desenho das folhas que caem mortas.

Uma palavra solta um universo cria
Uma maneira rude planetas consome
num amor que fere: pele seca e fria.

As asas da borboleta batem no pomar
a cor das estações surge e some
permanece, perdura quem veio amar.

Sandro E.P. Marschhausen - 24/02/2008

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